o que os vedas e a ciência contam sobre alho e cebola
Os Vedas contam que, certa vez, a esposa de um rishi (sábio), o qual estava prestes a realizar um sacrifício gomedha, estava grávida e manifestou um desejo intenso de comer. Ela tinha ouvido que, se durante a gravidez ocorre o desejo de comer algo e não o satisfaz, o bebê terá sempre saliva caindo de sua boca. Desejando comer a carne da vaca que estava sendo sacrificada, ela aproveitou-se de um momento em que seu marido se ausentou do local e roubou um pedaço. Após concluir o sacrifício e recitar todos os mantras para que a vaca renascesse, o rishi percebeu que faltava uma parte do corpo da vaca. Ao entrar em meditação para tentar descobrir o que havia ocorrido, o rishi vislumbrou que sua esposa havia roubado um pedaço de carne durante o sacrifício. Pressentindo que seu esposo já sabia de seu delito, ela jogou o pedaço de carne no meio do mato. Devido ao efeito dos mantras proferidos pelo rishi, havia vida naquele pedaço de carne. Então, ao entrar em contato com a terra, o sangue transformou-se em lentilhas vermelhas, os ossos transformaram-se em alho e a carne, em cebolas e cenouras vermelhas. É por esta razão que estes alimentos são considerados como sendo carne e quebram o princípio do vegetarianismo, de acordo com os Vedas.
Cebola e alho são membros botânicos da família aliácea (alliums), junto com alho-poró, cebolinha-francesa e cebolinha-asiática. São classificadas como rajásicas e tamásicas, o que significa que aumentam a paixão e a ignorância. Para compreender o que foi dito acima, segundo a Ayurveda, os alimentos são agrupados em três categorias: sátvicos, rajásicos e tamásicos (modos da bondade, paixão e ignorância).
Aqueles que aderem à culinária pura da Índia, ao estilo brahmana, gostam de cozinhar apenas com alimentos sátvicos. Esses alimentos incluem frutas, vegetais, ervas, grãos, legumes, castanhas.
Alimentos rajásicos e tamásicos são prejudiciais à meditação e práticas devocionais.
“Alho e cebola são rajásicos e tamásicos, e são proibidos aos iogues porque enraízam a consciência com mais firmeza no corpo”, diz a reconhecida autoridade do Ayurveda, Dr. Robert E. Svoboda.
Tanto o alho quanto a cebola são evitados por adeptos espirituais porque estimulam o sistema nervoso central e podem perturbar os votos de celibato. O alho é um afrodisíaco natural e Ayurveda o recomenda como um tônico para a perda de poder sexual. Diz-se que é especialmente útil para homens idosos com alta tensão nervosa e poder sexual decrescente. No entanto, existe uma maneira adequada de se prepará-lo para evitar os efeitos colaterais. O alho in natura pode transportar bactérias potencialmente fatais que levam ao botulismo. Talvez fosse ciente disto que o poeta romano Horácio tenha escrito que o alho é “mais prejudicial que a cicuta”.
“Além de produzirem respiração ofensiva e odor corporal, essas plantas (aliáceas) induzem a agitação, ansiedade e agressão. Assim, elas são prejudiciais física, emocional, mental e espiritualmente.”.
Nos anos 80, em sua pesquisa sobre a função cerebral humana, o Dr. Robert C. Beck descobriu que o alho tem um efeito prejudicial no cérebro. Foi descoberto que, de fato, o alho é tóxico para os seres humanos porque seus íons de hidroxila penetram na barreira hemato-encefálica e são venenosos para as células cerebrais. O Dr. Beck explicou que, na década de 1950, era sabido que o alho reduzia o tempo de reação de duas a três vezes quando consumido por pilotos que realizavam testes de voo. Isso ocorre porque os efeitos tóxicos do alho dessincronizam as ondas cerebrais. “O cirurgião de voo aparecia todos os meses e lembrava a todos nós: “Não ousem tocar alho 72 horas antes de pilotar um de nossos aviões, porque isso diminuirá seu tempo de reação de duas a três vezes”.
– Este é um conteúdo baseado nas aulas do Swami Mahavir, professor de Vedanta da Formação de Terapeutas em Cura Energética