ficar na culpa saiu de moda
A ideia de que “temos que nos sacrificar e/ou sermos castigados por algo que fizemos” é, na verdade, uma criação da mente. O Divino não é punitivo, e sim puro amor!
Não importa de fato o que tenhamos feito no nível da inconsciência ou invigilância. Se alguém tem uma atitude que não é legal, é interessante termos a consciência que é por conta de uma ignorância. Por isso, precisamos nos acolher e dizer: “Ok, era o que eu podia fazer naquele momento. Agora, com a consciência que tenho, escolho ter novas ações corretas de acordo com o que acredito e que me faz bem”. Sem a percepção do castigo o qual julgamos que não somos merecedores por causa de um ato errado ou ruim.
Estamos tendo aqui experiências transitórias que servem para que tenhamos clareza e entendimento completo das situações como um todo. Este é um comprometimento com o nosso processo de despertar! Portanto, devemos ter coragem de nos colocarmos conscientemente nas experiências que queremos viver de fato, mesmo quando o resultado traz um erro. Através do erro, temos a possibilidade de integrar a consciência do aprendizado.
Não somos o que fazemos, inclusive os nossos erros. Quando cristalizamos no adoecimento da alma através da culpa, medo e punição, fazemos escolhas piores pois acreditamos que não somos capazes de recebermos o melhor, gerando cada vez mais sofrimento.
O agravamento surge sempre dos corpos sutis para os corpos densos, porém o tratamento se dá através do denso para o sutil. Por isso, é indicado investirmos o nosso dinheiro em ferramentas que realmente edificam o nosso espírito, podendo também ter méritos alcançados de maneira a validar a nossa encarnação. A partir de uma ação correta, ganhamos a integração de um entendimento. A matéria serve para a iluminação do espírito. Dessa forma, temos que ter boas escolhas alimentares, de relacionamentos, das palavras que usamos, das emoções e pensamentos que sustentamos.
É importante termos prática semanal, quebrando a estagnação e continuando o movimento mesmo quando a mente não pare. É sobre sermos resilientes, mantendo a ação correta para o despertar.
Uma prática sugerida para se fazer é escrever em um caderno o que estamos validando todos os dias e onde estamos tendo apegos e aversões. Reserve um tempo para dar um espaçamento do dia, de maneira a organizar e observar, pois a mente faz com que esqueçamos. Entenda e pare, pelo menos, uma hora do dia para compreender o que sentiu desde manhã, até porque muitas vezes o corpo sinaliza e não percebemos no momento em que ocorreu. O centramento e entendimento das situações para fazermos escolhas são fundamentais para ultrapassarmos os bloqueios da mente. Isso pode se tornar um hábito gostoso, deixando o caderno ao lado da cama, tomando um chá, colocando um som ambiente e acendendo um incenso para que possa se concentrar e escrever.
-Noemi Badialli