VALORES E KARMAS

sobre a distorção da realidade

 

Frequentemente, observamos pessoas formularemm afirmações fundamentadas em suas percepções pessoais, isto é, com base na maneira como elas interpretam e experimentam as situações. Portanto, a informação frequentemente não é representada de forma objetiva no mundo. Um exemplo claro disso é que alguém pode ser considerado baixo quando comparado a alguém mais alto, mas visto como alto em relação a alguém mais baixo.

Quando realizamos uma análise, é importante notar que as avaliações são relativas e não refletem necessariamente os valores absolutos das coisas. É comum expressarmos juízos com base nos valores estabelecidos, muitas vezes esquecendo que esses valores e verdades são subjetivos e dependentes do contexto.

Ao categorizar valores de forma rígida, como “bom” ou “ruim”, “certo” ou “errado”, sem apreciar a relatividade desses conceitos, as pessoas tendem a simplificar as suas experiências. Há uma tendência de pegarem uma experiência momentânea e afirmarem que o que aconteceu se encaixa em uma dessas categorias, transformando assim a experiência em uma memória. No entanto, essas memórias podem ser distorcidas, e qualquer distorção precisa ser desfeita em algum momento.

A pessoa, consequentemente, precisa de várias experiências para compreender que aquela “verdade” não era absoluta, mas sim uma interpretação momentânea condicionada pelo contexto. Portanto, até que essa compreensão seja alcançada, a pessoa continuará revisitando essa memória, revivendo de alguma forma o que foi distorcido, até que a justiça seja restaurada.

A justiça só acontece através do discernimento. Já o julgamento é sempre injusto, pois é cristalizado, sem que a pessoa consiga ver o todo. Geralmente, quando as pessoas fazem isso, misturam uma ordem de grandeza em conjunto com uma ordem de punição. A punição, por sua vez, seria tentar corrigir o que a pessoa acha que está errado.

Portanto, a cada distorção criada será preciso reviver tal distorção, pois a mesma não pode ficar circulando pelos campos mórficos. Ninguém encarnou com o objetivo para criar mais distorções, mas sim para corrigir as que já estavam circulando. Por isso, quando alguém distorce algo, imediatamente ocorre o karma imediato, que se refere a uma situação que imediatamente precisa ser expiada. Karma nada mais é que a reação da nossa ação!

Estar na Terra é uma grande oportunidade para o espírito, pois existe essa possibilidade de expiarmos os karmas em curso de forma mais rápida. Há outros mundos em que isso não ocorre.

Portanto, distorcer a própria imagem corporal não é uma atitude saudável, pois equivale a contar uma mentira a si mesmo. Cada pessoa possui o corpo ideal para cumprir o seu propósito aqui. Portanto, é crucial compreender o que realmente significa esse ideal. Com frequência, as pessoas se concentram exclusivamente no valor estético, desejando apenas o que consideram esteticamente atraente ou socialmente aceitável.

Isso é ser injusto com o próprio corpo e com todos os seres que habitam esse corpo, os quais irão trabalhar incansavelmente contra o biotipo da pessoa. Portanto, em todos os aspectos da vida, a correção é necessária, caso contrário, a pessoa inevitavelmente enfrentará sofrimento ao viver algo que não corresponde à realidade. É essencial que ela experimente essa distorção para compreender o que está causando o sofrimento e, a partir disso, efetuar as devidas correções!

Uma vez que o conflito interno tenha sido resolvido, a pessoa terá a liberdade de seguir na direção de sua escolha, pois já passou pela prova e não há mais necessidade de expiar, permitindo a manifestação de qualquer realidade desejada. Não existirá mais a necessidade de aprender sobre aquele tema; tanto faz ser magra ou gorda, por exemplo.

Quando alguém chega nesse ponto, consegue aplicar a lei do livre arbítrio, da livre escolha. Antes disso não tem como, pois o objetivo da encarnação é se edificar e não se agravar ainda mais!

Uma mulher, por exemplo, pode ter o desejo de emagrecer para ter poder, sedução, controle. Ela pode dizer que não quer isso, mas no fundo é exatamente o que quer. Enquanto essa distorção não for dissolvida, não terá os resultados que almeja.

 

Algumas perguntas podem servir como orientação:

– Qual valor estou dando que está gerando sofrimento?

– O que está sendo injusto na minha avaliação que está causando sofrimento em mim mesmo(a)?

 

O que está sendo injusto é o que é conhecido como ignorância. Portanto, todo sofrimento tem como base a ignorância.

Portanto, precisamos resolver os nossos conflitos, que inclui a aceitação. Para isso, basta fazer a sua própria parte e aceitar o resultado dessa ação, sem esperar nenhum tipo de resultado em troca.

 

-Noemi Badialli 

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